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sábado, 3 de outubro de 2009

Microsoft afirma que Windows 7 aumenta produtividade nas empresas

O Windows 7, novo sistema operacional da Microsoft, chegará ao mercado brasileiro simultaneamente ao seu lançamento mundial, no dia 22 de outubro. E com uma novidade: terá interface na língua portuguesa no momento em que começar a ser comercializado em todo o mundo. Tradicionalmente a versão em português é lançada depois do modelo em inglês. A estratégia demonstra, segundo a Microsoft, o aumento da importância da operação nacional no contexto global dos negócios da companhia.
Antes mesmo do início das vendas para o consumidor final, a empresa centra esforços para atrair os clientes corporativos. A estratégia de sedução está na ponta da língua dos executivos da organização. A começar pelo diretor de grupo de negócios para clientes Windows, Alessandro Belgamo.
O executivo afirma que o novo sistema operacional proporciona aumento de produtividade, pois possui recursos que permitem ganho de tempo por parte do cliente, por exemplo."O Windows 7 veio para simplificar a vida do usuário e das empresas", entusiasma-se Belgamo.
Depois de fechar acordo com a Vivo, que desde fevereiro testa o Windows 7, a Microsoft espera selar nos próximos dias parceria para utilização do produto com outras cinco grandes companhias.
Utilização
Como exemplo, ele cita a ferramenta BranchCache, que reduziria o tempo de espera que os usuários levam para baixar arquivos pela rede. Para ilustrar o funcionamento, pense que um determinado arquivo precisa ser compartilhado pela matriz - que abriga o servidor - com diversas subsidiárias espalhadas pelo mundo.
O primeiro usuário da filial que acessar o material vai necessitar de um determinado tempo - 20 segundos, por exemplo - para carregar o arquivo. Mas, depois que ele acessar esse material, seus colegas de escritório o farão a uma velocidade muito maior, pois o Windows 7 buscará a informação diretamente da máquina do funcionário que baixou primeiramente o arquivo, e não do servidor de onde partiu o conteúdo, respeitando todos os critérios de segurança e permissão do respectivo arquivo.
Outro recurso contemplado no Windows 7 é o DirectAccess. Ele permite aos usuários remotos acesso direto à rede corporativa da companhia para a qual trabalham sem a necessidade de conexão VPN, rede privada virtual. Esse instrumento busca reduzir as dificuldades de gerenciamento de PCs quando as máquinas não estão conectadas à rede corporativa.

Apenas 38% das empresas brasileiras têm governança de TI

No Brasil, cerca de 38% das grandes corporações possuem projetos estruturados de governança de TI, ao passo que esse índice salta para 95% quando analisadas as melhores práticas na área de finanças. Os dados, que fazem parte de estudo realizado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) e foram apresentados a CIOs brasileiros pelo presidente do conselho e pesquisador-sênior do Centro para Pesquisas em Tecnologia da Informação do MIT, Peter Weill. De acordo com o especialista, os números confirmam uma falta da maturidade das companhias brasileiras em relação à gestão do desempenho dos departamentos de TI.
Weill, que é autor do livro “IT Governance: How Top Performers Manage IT Decision Rights for Superior Results” (Governança de TI: Tecnologia da Informação, em português), defende que, embora a crise tenha aberto os olhos dos executivos quanto à importância das políticas de governança, no Brasil, apenas empresas dos setores financeiro e minerador evoluíram efetivamente no desenvolvimento de métricas e de processos para controle das operações de tecnologia da informação.
Ele destaca ainda que a chave para elaborar um projeto eficaz de governança de TI é “fazer tudo do modo mais simples possível”. Para tanto, Weill aponta quais são os quatro passos fundamentais que devem ser seguidos no processo de desenvolvimento das políticas:
1. Buscar o alinhamento com as áreas de negócios: de acordo com o especialista, antes de iniciar a elaboração do projeto de governança, os CIOs precisam conhecer profundamente a estratégia dos demais departamentos da organização. “Só assim saberão como estipular objetivos que realmente tragam resultados para o negócio”, diz ele.
2. Mapear projetos e serviços de TI: os CIOs devem mapear formalmente todos seus ativos e, principalmente, identificar redundâncias e aquilo que pode ser eliminado. “Dessa forma, reduzindo custos, ganharão a confiança dos gestores das demais áreas e mostrarão que não são apenas um centro de custos da companhia”, explica Weill.
3. Estebelecer prioridades: depois de eliminar o que é dispensável, os gestores de TI devem priorizar os projetos e serviços do departamento de acordo com a estratégia do negócio e buscando, sempre, a valorização da companhia perante o cliente final.
4. Acompanhar resultados: o CIOs devem avaliar as políticas de governança trimestralmente para, então, estipular metas mais factíveis à equipe e identificar fatores que atrapalham o desempenho da área, bem como a tomada de decisão por parte das lideranças.