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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Computador de "bolso" procura seu lugar no mercado

O futuro imediato da informática passa pelos computadores de "bolso", um nicho de mercado a meio caminho entre o telefone celular e o portátil no qual uma gama de "tablets", "e-readers" e "netbooks" competem para atrair um mesmo tipo de consumidor.
Sem novidades revolucionárias em questões de software, as empresas de tecnologia começaram a buscar um novo produto que reúna tamanho reduzido e alta funcionalidade, uma luta ainda sem vencedor travada no campo de batalha da maior feira do setor, a Consumer Electronics Show (CES), realizada em Las Vegas (Nevada).
Se 2009 foi o ano dos "netbooks", minicomputadores de baixo custo, lançados para contentar a quem considerava que os portáteis normais eram sofisticados demais, a mudança de ano constatou que em 2010 vão se popularizar os leitores de livros digitais ou "e-readers" que, à margem de sua função literária, trazem outras funcionalidades próprias de um computador para uso diário.
A fronteira entre o computador e o leitor digital ficou definitivamente tênue na semana passada com o desembarque dos anunciados "tablets" ou "slates", espécies de lousas com tela tátil e de dimensões similares a seus primos "netbooks" e "e-readers" que lembram os antigos PDAs, mas equipados para se transformar em uma plataforma multimídia de bolso e com acesso à internet.
A primeira a disparar nesta direção foi a Microsoft que revelou seu "tablet" fabricado pela Hewlett-Packard, um protótipo lançado na apresentação realizada na quarta-feira passada pelo CEO, Steve Ballmer, na inauguração desta edição da CES.
Ballmer não entrou em detalhes sobre o dispositivo, embora tenha mostrado suas 10 polegadas de tela tátil e explicou que contava com sistema operacional Windows7 e serviria como "e-reader", reprodutor de vídeo e com acesso à web.
Outras versões de "tablets" exibidas sem data de lançamento no mercado foram o Ultra do fabricante ICD, e a proposta da Dell, embora seus dispositivos tenham apontado na direção de uma ferramenta de conexão à internet mais do que na do conceito exposto pela Microsoft, o mesmo acontecendo no caso da Sony, que mostrou seu modelo ao qual qualificou de "visualizador pessoal de internet".
Os analistas do setor acreditam que a Apple vá dissipar a confusão diante de tantos aparelhos parecidos quando realizar sua primeira apresentação anual prevista para o próximo dia 26 em San Francisco.
Tudo indica que a vanguardista empresa californiana, criadora do Macintosh, do iPhone e do iPod, poderia revelar o que já veio a ser denominado de "iSlate", um quadro-negro digital sobre o qual não cessam os rumores e que se espera reúna a funcionalidade do "e-reader" e dos serviços do "netbook".
Nesse rio revolto de computadores portáteis algumas empresas exibiram na CES apostas interessantes de sinergia entre os diferentes formatos em disputa.
Tal é o caso do enTourage edge, um "e-reader" anunciado como o primeiro "livro dual" por seus criadores por constar de duas telas simétricas, uma para ler e outra para navegar pela internet e que ao ser fechado tem o aspecto de um "netbook"; ou o Alex, o "e-reader" da Spring Designs com sistema operacional Android do Google, que integra uma minitela para navegar pela web e permite ver vídeo e escutar música.
A Lenovo, por sua vez, escolheu uma aproximação ao conceito "tablet" a partir da perspectiva de "netbook", e desenvolveu o IdeaPad U1 Hybrid um computador do qual se pode retirar a tela para trabalhar com ela como dispositivo independente, tendo seu próprio processador e acesso à internet.

Chrome para Mac ganha suporte a complementos

Quem usa o browser Google Chrome para Mac para navegar na Internet e sente falta de complementos como os oferecidos para Firefox agora tem uma opção. Basta estar disposto a instalar a “não muito estável” versão dev-channel,disponibilizada pela empresa.
Ela inclui suporte para as Extensions, que são programas complementares criados por desenvolvedores independentes. Até então, elas só podiam ser utilizadas por quem usa a versão do Chrome para Windows.
Entre os recursos que elas podem trazer para o navegador está suporte para sincronização da lista de sites favoritos, além da capacidade da criação de abas com símbolos de identificação.

Las Vegas mostra aparelho que converte web para sinal telefônico de celular

Um pequeno aparelho que transforma a conexão com a internet em sinal telefônico chamou a atenção em Las Vegas, no Consumers Electronics Show (CES), o grande encontro anual de tecnologia realizado nesta cidade de Nevada (EUA).
O aparelho chama-se MagicJack ("conexão mágica"), e é da pequena empresa americana YMAX. Para funcionar, só precisa de um computador ligado e conectado à internet.
O MagicJack transforma a conexão de banda larga em sinal de telefonia celular 2G em uma área de 280 metros quadrados, e permite fazer ligações sem gastar minutos do serviço de internet. O usuário precisa apenas pagar uma assinatura anual de US$ 20 ao fabricante.
Mas o problema, segundo Simon Saunders, presidente do Femto Forum, integrado por fabricantes de equipamentos e operadoras de telefonia, é que a YMAX recorre para tais conexões a frequências que não está autorizada a acessar.
Kari Hernández, porta-voz da Ymax, rebateu as críticas e disse que, segundo Dan Borislow, fundador e inventor do MagicJack, a tecnologia não utilizará frequências de propriedade de outros e que, tecnicamente, as operadoras não seriam donas das frequências dentro de uma propriedade.
O MagicJack já está no mercado como aparelho mais simples, que permite ligações comuns com uma conexão à internet. A venda do novo modelo acontecerá nos próximos meses, com o preço de US$ 40.

Fonte: FOLHA