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sábado, 24 de abril de 2010

Comparação: EJB 3 versus Spring - Qual utilizar?

O objetivo dos frameworks é esconder a complexidade dos desenvolvedores (como, por exemplo, controle de transações, segurança e persistência), facilitar o reúso de código, melhorar a produtividade e conseqüentemente melhorar a qualidade do software. E neste ponto podemos dizer que tanto Spring quanto o EJB 3 cumprem muito bem este objetivo.

O que podemos dizer então sobre os dois frameworks:

  • O framework Spring é um framework popular, Open Source e é desenvolvido inicialmente pela empresa Interface21 Inc. Sua arquitetura é baseada principalmente em arquivos de configuração XML. O framework Spring não é um padrão de mercado e não possui apoio de grandes empresas como IBM, Oracle e Sun.
  • O framework EJB 3 é um padrão de mercado definido pela JCP e é suportado pelas maiores empresas que utilizam J2EE. Possuem implementações disponíveis pelas empresas Jboss e Oracle. EJB 3 faz forte uso de anotações disponíveis a partir de Java 5. As versões anteriores de EJB se mostraram pouco produtivas e complicadas, o que foi modificado na versão 3 do framework.


Uma vantagem que vejo é o fato de EJB 3 ser independente de empresas. Como exemplo disto, temos o fato do Oracle usar o TopLink como implementação da especificação JPA e o JBoss ter como implementação o Hibernate.

Por outro lado temos que podemos rodar o Spring em qualquer servidor de aplicação, mas pelo fato do Spring não ser um padrão da indústria estamos travados ao Spring e os serviços fornecidos por ele.

Outra vantagem do EJB 3 é o fato de como o framework está fortemente acoplado com o servidor, estes servidores podem melhorar suas performance atuando em conjunto com o framework. A integração entre JTA e JPA com os servidores é bem alta o que faz com que os servidores sejam extremamente otimizados para este tipo de operação com EJB3.
Uma vantagem do Spring seria a facilidade de utilizar a injeção de quaisquer componentes. Com EJB 3 só se possui controle dos componentes que são Beans do EJB e também do contexto de persistência.

Com relação a XML ou anotação, temos EJB 3 utilizando preferencialmente anotações e Spring utilizando preferencialmente XML. Isto, podemos dizer que é a gosto do freguês. Particularmente prefira a anotações por ser menos verboso, mais robusto, além de possuir verificação de consistência em tempo de compilação.

Como conclusão, temos que ambos, são ótimos frameworks, sendo que cada um deles possui suas vantagens. Particularmente em um projeto novo decidiria pelo EJB 3 devido ao maior suporte das grandes empresas e por ser um padrão.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Brasil compra 16º mais rápido supercomputador para prever clima

Um dos 20 computadores mais rápidos do mundo acaba de ser adquirido pelo Brasil. A partir do fim do ano, a máquina de R$ 31,3 milhões começa a rodar no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em São José dos Campos.
O supercomputador, que receberá um nome em tupi, seguindo a tradição do Inpe, deve melhorar significativamente a previsão do tempo em um país onde meteorologia é cada vez mais uma questão de vida ou morte --vide a tragédia da última semana no Rio de Janeiro.
Mas também colocará o Brasil no seleto grupo de nações capazes de prever não apenas o tempo, com dois ou três dias de antecedência, mas também o clima, ao longo do século.
Uma de suas funções primordiais será rodar modelos de circulação global como os usados pelo IPCC (o painel do clima das Nações Unidas), para avaliar as mudanças climáticas.
Flops
O sistema foi comprado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) da empresa Cray.
Seu desempenho máximo é de 244 teraflops, ou trilhões de operações por segundo (medida padrão dessas máquinas). Só EUA, Rússia, China e Alemanha têm máquinas mais rápidas hoje. "É muito flop!", brinca Rezende.
Só o sistema de refrigeração da máquina custou R$ 2,9 milhões. Para alimentá-la, o Inpe precisará construir uma nova central elétrica, de 1.000 quilowatts. Hoje só há 280 quilowatts disponíveis no instituto.
O coordenador da Rede Nacional de Mudanças Climáticas, Carlos Nobre, compara: "Quando o Inpe recebeu seu último supercomputador, estávamos entre os 25 mais rápidos do mundo em aplicações de mudanças climáticas. Agora, estamos entre os três ou quatro mais rápidos nessa área."
Com essa capacidade, estima Nobre, o Brasil poderá em dois anos e meio produzir seu primeiro modelo de circulação global. Atualmente, o IPCC baseia seus cenários em menos de 15 modelos desses --todos feitos em países desenvolvidos.
Amazônia
"Nosso interesse é um modelo que olhe melhor para a Amazônia e para o Atlântico Sul", diz o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz.
Isso poderá, por exemplo, ajudar a determinar se eventos extremos como a chuva do Rio neste mês ficarão mais frequentes no decorrer do século, à medida que o aquecimento global afete mais a floresta e o oceano --duas das chaves mestras do clima no Brasil. Hoje, o principal obstáculo ao desenvolvimento desses modelos é capacidade computacional.
O computador também deve ajudar a solucionar um dos gargalos da previsão do tempo no país: a resolução dos modelos.
Com o supercomputador que o Inpe tem hoje, é possível fazer previsões com dois a três dias de antecedência, de hora em hora, para áreas de 40 km por 40 km.
Isso permite previsões razoáveis -o Inpe alertou, que cairia uma chuva de 70 milímetros no Rio, algo extremo para o mês de abril--, mas "míopes": não dá para saber, por exemplo, se em Niterói vai cair dez vezes mais água do que em uma área a 20 km dali.
Para fazer previsões mais apuradas, em áreas de 5 km por 5 km, o Inpe hoje gasta dois dias rodando o modelo no computador. "Você não prevê tão bem o desastre de verdade", diz Haroldo Velho, pesquisador do instituto. "Agora, vamos conseguir gerar 5 km em uma hora."
Nem só ciência
Rezende comemora a turbinada computacional, mas lembra que só isso não vai salvar vidas.
"É claro que a ciência e tecnologia podem ser melhores; precisamos integrar radares meteorológicos, por exemplo. Mas o problema no Brasil é que os sistemas municipais de alerta quase não existem, os sistemas de defesa civil são desorganizados", afirma ele.
O ministro continua: "A previsão do evento em Santa Catarina foi feita com três dias de antecedência. Se houvesse uma preocupação com essa questão, as pessoas teriam saído das áreas mais problemáticas, o que não aconteceu"

Cuidado nas compras on-line

Fazer compras na internet pode ser muito cômodo. Você não precisa se exercitar com carrinhos entre corredores ou enfrentar as longas filas para pagar a conta. Mas nem só de regalias vive o consumidor que aposta na rede. Que o diga quem já sofreu com os chamados calotes virtuais e recebeu gato por lebre depois de digitar os números do cartão de crédito. Foi o caso do estudante de arquitetura Leopoldo Mendes que pediu um mouse pad de uma cor e a empresa fabricante mandou de outra. “Reclamei com eles e acabei recebendo outro”, disse. O mais curioso é que a empresa pediu de volta o equipamento enviado erroneamente, mas não foi pegar. “Acabei ficando com dois”, conta Mendes.
Para o ortopedista e traumatologista Thiago Brustolini o caso foi bem mais difícil de resolver. Ele comprou um computador no site de uma empresa, por sinal o mais caro, e recebeu um outro. “Comprei um Macbook Pro, da Apple, e me enviaram o modelo de entrada (mais barato). Só consegui descobrir após abrir e usar o mesmo, pois na caixa todas as especificações eram do modelo top”, disse Brustolini. Depois de algumas ligações sem êxito, ele devolveu o produto e solicitou o dinheiro de volta, mas não conseguiu. “Precisei entrar na justiça e somente com essa ação consegui o ressarcimento. Mesmo assim, depois de seis meses”, contou.
Mas não é apenas o consumidor que pode ser vítima de calotes. Segundo o especialista mineiro em soluções e negócios virtuais da Web Consult, Leonardo Bortoletto, as empresas também sofrem com o golpe. “O calote, nesse caso, é caracterizado quando uma pessoa entra no site e coloca os dados de outra, mas com seu endereço. O produto é enviado ao golpista mas a pessoa em nome da qual foi feita a compra, quando pega a fatura e vê que não pediu nada pela internet, cancela o pagamento”, afirma Bortoletto.
Para evitar prejuízos, as empresas podem tomar algumas medidas. “O comerciante tem de investir em um projeto de segurança confiável e sempre manter seu banco de dados atualizados”, recomenda o especialista. Com as atualizações em dia, podem ser conferidos os dados como do cartão de crédito e identificação. Evita-se, assim, o envio do produto para a pessoa errada.
O comprador também tem de tomar alguns cuidados. Um deles é prestar atenção no cadeado de protocolo de segurança que fica na parte inferior da tela das páginas de internet. Quando ele aparece, significa que o site ou a empresa investe em segurança. “Outra medida simples e que pode ajudar bastante, é fazer uma pesquisa em sites de busca para saber o que as pessoas que já fizeram compras por meio das empresas de e-commerce acharam do serviço”, explica Bortoletto.
“Vítimas de calotes devem entrar em contato com a gente ou com a polícia, para que possamos investigar o caso”, alerta o coordenador do centro de apoio operacional criminal da Promotoria de Combate aos Crimes na Internet, Joaquim Miranda. Ele lembra que foram denúncias de consumidores que levaram à prisão de um casal em Patos de Minas, sob acusação de crime de estelionato cometido pelo site www.compranet.com.br, que vende produtos eletrônicos. A promotoria recebeu queixas de consumidores que compraram e nunca receberam a mercadoria. “As pessoas tem de tomar cuidado com as compras on-line e sempre pesquisar se o site é confiável”, adianta Miranda. Para entrar em contato com a promotoria basta mandar um email para crimedigital@mp.mg.gov.br .
CONSUMIDOR
Conferir o CNPJ da empresa no site da Receita Federal;
Procurar em algum buscador (Google, por exemplo) pelo nome da loja, buscando referências de outros clientes;
De preferência, fazer compras em sites de lojas já conhecidas e que tenham comentários positivos na internet;
Verificar se os telefones de contato divulgados no site realmente existem;
Conhecer as políticas de entrega e de privacidade da empresa;
Verificar se o site possui certificação digital;
Não comprar produtos através de spam, por e-mail;
Manter o antivírus atualizado e realizar verificações frequentes de vírus e programas maléficos;
Manter seu navegador sempre atualizado;
Fazer compras de preferência em seu computador pessoal;
Após realizar sua compra, fazer logout no site;
Arquivar ou imprimir o pedido feito, a confirmação da loja e eventual e-mail que a loja enviar confirmando a encomenda.