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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Aquisição da Sun coloca a Oracle no centro do mercado de hardware

A compra da Sun pela Oracle por 7,4 bilhões de dólares coloca a primeira no centro do mercado de hardware e faz desaparecer a última gigante do Silicon Valley. A Oracle vai pagar 9,50 dólares por ação em dinheiro para a Sun, o que representa 5,6 bilhões, de acordo com a própria compradora. O movimento complementa o ciclo de compras feito pela empresa nos últimos anos, que incluiu empresas como Siebel, PeopleSoft e BEA Systems.


Mesmo com a existência de rumores de que a Oracle poderia comprar a a Sun, o negócio parecia pouco provável, uma vez que a companhia nunca teve atuação nas áreas de hardware ou de desenvolvimento de sistemas operacionais, mercado em que a Sun concentra boa parte de seus ativos. Por outro lado, o sistema Solaris vem sendo uma plataforma muito utilizada pelos bancos de dados da Oracle.


As duas companhias também têm áreas de interesse comum no suporte aos softwares Java, uma das únicas em que há sobre posição de produtos entre as duas empresas. A Sun tem um servidor de aplicativos Java, chamado Glassfish, que a Oracle gostaria de ter em seu portfólio. Sobre o outro software comercial da Sun – o Java Enterprise System (JES) – as intenções da Oracle são desconhecidas.

A Oracle já havia criado sobreposição nesta área com a compra da BEA, mas como o WebLogic tinha uma base instalada significativa, a companhia manteve o produto vivo. A base instalada do JES é pequena, o que pode levar a Oracle a descontinuar o produto.

Em comunicado enviado à imprensa, a Oracle disse que a compra da Sun deve trazer mais vendas em seu primeiro ano do que o planejado com as aquisições da BEA, PeopleSoft e Siebel juntas. A previsão é que a Sun contribua com 1,5 bilhão de dólares ao lucro operacional da Oracle nos primeiros doze meses, número que pode chegar a 2 bilhões de dólares no segundo ano.

Para a Sun, o acordo coloca fim aos esforços de seu CEO, Jonathan Schwartz, de recuperar a companhia. As vendas da fabricante estão em queda desde o estouro da bolha pontocom, quando os clientes abriram mão de seus sistemas Unix em favor dos sistemas x86.

Os esforços para atrair novos clientes com software open source e a entrada da companhia no mercado x86, não foram iniciativas tomadas rápido o bastante para gerar os resultados necessários.

Com a Sun a bordo, a Oracle agora precisa definir como navegar nos negócios de hardware e de sistemas operacionais. Além de dar suporte ao Solaris por muitos anos, a Oracle terá também que dar suporte aos aplicativos Linux da Sun. Mesmo que os equipamentos da Sun não tenham o mesmo share de seu antigo pretendente – a IBM – o negócio dá a Oracle um modelo de negócios que vai lhe permitir incomodar a Big Blue, como esta já vem fazendo no mercado de banco de dados.

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