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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Brasil finca bandeira no Twitter

Brasil finca bandeira no Twitter

Este é o espírito do Twitter, no qual o Brasil se tornou líder mundial (proporcional ao número de internautas em cada país) desde o mês passado, totalizando 15 milhões de usuários. É também dos brasileiros a liderança no tempo médio gasto no site, com 36 minutos de navegação sete vezes por semana. Em segundo lugar aparecem os norte-americanos com 31 minutos, seguidos pelos britânicos, com 25. Mas, que mania é essa? Como está mexendo com a vida dos brasileiros? Como pode ajudar na hora de encontrar emprego? O uso indevido do Twitter pode prejudicar a carreira de alguém? Estará a segurança das pessoas ameaçadas pela ferramenta? Como se comportar nessa nova rede?

O Twitter é uma rede social em formato de microblog. Traduzindo: o usuário publica os comentários que quiser, inclusive de natureza pessoal, que podem ser lidos por seus seguidores. Mas, cada mensagem só pode ter 140 caracteres, incluindo o endereço de algum link na Internet que queira divulgar. No microblog não podem ser postadas fotos e vídeos diretamente, como no Orkut, Facebook e outras redes sociais, contudo, o usuário pode postar links para suas fotos armazenadas em outros serviços, como o Flickr.

O tamanho reduzido das mensagens facilita a leitura e a maioria dos usuários tem como meta multiplicar seus seguidores, o que indica seu grau de visibilidade e até favorece negócios.
Daí a explicação para as centenas de empresas brasileiras que todos os dias abrem seus espaços no Twitter. Por meio da ferramenta, mandam mensagens a consumidores e outros públicos com os quais querem se comunicar.

Cuidado que se justifica pela grande migração de brasileiros para o Twitter na hora de pesquisarem sobre produtos e serviços. “O microblog é o que mais cresceu no Brasil desde janeiro quando o assunto é opinião do consumidor”, destacou o CEO da E.Life, Alessandro Barbosa Lima. A empresa monitora e analisa dados na Web, inclusive é contratada por grandes marcas para acompanhar o que é falado sobre elas nas redes sociais.

Hoje, cerca de 40 empresas mantêm contratos com a E.Life para acompanhamento de comentários por parte dos consumidores, funcionários e até da concorrência nas redes sociais.

“Esse boca-a-boca virtual é cada vez mais importante e não pode ser desprezado pelas companhias”, assinala Lima. Por meio do que é dito, podem agir mais depressa tanto na melhoria dos serviços e produtos quanto no aprimoramento de sua comunicação com clientes. O setor de Serviço de Apoio ao Consumidor responde por cerca de 60% dos serviços demandados ao E.Life, seguido pelos setores de Vendas, Marketing e Comunicação e de Recursos Humanos.

A preocupação das empresas em relação à imagem em redes sociais, em especial o Twitter, se justifica pelo peso das opiniões postadas nestes sites. A Pesquisa de Consumidor da Nielsen Online, divulgada na semana passada, aponta que nove entre cada dez consumidores de todo o mundo (90%) confiam nas sugestões de pessoas conhecidas e 70% na opinião de consumidores expressa em meio on line.

No caso do setor de Recursos Humanos, a principal preocupação, seja via serviços da E.Life ou empresas similares, é com relação ao comportamento dos seus funcionários no mundo virtual, com ênfase em comentários que possam fazer sobre a corporação onde trabalham, à sua chefia imediata e aos colegas.
“Como é uma ferramenta nova, muitos profissionais ainda assumem postura ingênua e não têm percepção da visibilidade que alcançam em um site como o Twitter”, alerta a psicóloga e coordenadora da área de Gestão de Carreiras da Faculdade de Informática e Administração Paulista (FIAP) e da Faculdade Módulo, Janete Teixeira Dias. “Falar mal da empresa em que trabalha ou do chefe num site desses é pedir para ser demitido”, afirma.

A especialista lembra que mesmo quem quer trocar de emprego deve buscar uma forma mais civilizada de romper com o contrato de trabalho, afinal, “o dia de amanhã é uma incógnita para qualquer profissional.”

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